Computer to the people

O século XX foi a era das inovações tecnológicas, principalmente a partir de 1940 inicia-se um processo de criações na automização de dados (computorização). A partir de 1960 são criados vários projetos principalmente ligados à pesquisa militar e estudos universitários que vão dar origem a partir de 70 ao micro-computador.
Mas o surgimento da micro-informática vai além das inovações tecnológicas e é consequência de uma atitude contracultural dominante nos anos 70 nos Estados Unidos que protesta contra o poder tecnocrático, a centralização e a posse da informação. Eles defendiam a informática para todas as pessoas. Até ai a ideia de cada pessoa ter um computador pessoal era considerada absurda até pelos principais senhores da tecnologia como o diretor da IBM.
Desta forma o nascimento da micro-informática e da cibercultura passa da lógica cientifica tradicional para o campo da criação e imaginação de imagens e simbolismos. Então podemos considerar que a cibercultura surge como uma espécie de movimento social e através da micro-informática se constitui numa forma de prazer e comunicação.
Se nos anos 70 os primeiros hackers lutam contra o peso de centralização da informação defendendo a informática para o mundo, já os internautas da década de 90 experimentam a conexão generalizada. É a reunião de pessoas através de comunicações mediadas por computadores que cria uma noção de espaço e tempo completamente diferente das relações interpessoais até agora experimentadas.
A cibercultura expande-se para o ciberespaço juntando pessoas de todas as áreas geográficas e culturas diferentes, unidas apenas por interesses comuns. Não é o profissional informático que está apto a mexer com a máquina, mas qualquer pessoa, eu e vocês. Podemos dar mérito às inovações tecnológicas mas não esquecer o movimento contracultural que deu origem à cibercultura e ao mundo informatizado em que vivemos.